quinta-feira, 5 de abril de 2012

Sobre o apontar do dedo como um apontar de arma


Esta manhã decorreu mais um debate na Assembleia sobre o estado da nação. Durante o dia acontecerão múltiplos encontros de amigos, conhecidos e colegas, amantes do futebol, onde se debaterão o último de jogo de futebol mais importante. Até ao fim do dia de hoje inúmeras pessoas se disporão a debater episódios ocorridos com elas hoje ou nos últimos dias, em locais como hospitais, centros comerciais, escolas, escritórios de empresas, etc.

Em praticamente todos esses encontros, cada qual segundo o seu tempo e estilo, haverá lugar ao apontar o dedo a uma, duas ou três coisas ou pessoas que nos seus entenderes são os causadores/responsáveis do episódio em debate. Apontar o dedo é apontar uma arma, é pretender alvejar, sancionar inconfundivelmente algo ou alguém por uma alegada responsabilidade num assunto.

Pergunto eu: haverão assim tantas situações em que a culpa possa ser destilada com tal mestria que revele em Verdade, um só culpado, um causador, um responsável? Porque procuraremos, viciadamente, em praticamente tudo encontrar um ou dois responsáveis mor pelo que sucede?

1 comentário:

  1. Um belo tema...Já dizia o velho ditado'' que a culpa não morreu solteira'', e é bem certo. É pena que na procura do marido desta se desposem valores, se encontre como o amante a perseguição desmedida e com a pressa de fazer o ''serviço'' bem feito se comentam atrocidades sem remenda...

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